Gisela João

Canción del domingo: ‘Antigamente’ de Gisela João

Para los que creen que el fado es sólo tristeza y saudade,  proponemos como canción del domingo el fado corrido, (un tipo de fado alegre y bailable)   ‘Antigamente’  en esta ocasión, interpretado por la fadista Gisela João. Nacida en Barcelos, con tan sólo 32 años y un disco de estudio, es una de las más afamadas fadistas de las nuevas generaciones. Se ha hecho su hueco rápidamente  por su innovadora y particular visión e interpretación del fado  y su potente y personalísima voz.

 

‘Antigamente’ fue compuesta por Manuel de Almeida ( 27 Abril, 1922 – 3 Diciembre, 1995 ) y habla de cómo eran las primeras casas de fado, de su ambiente y su origen de barrio. La letra contiene unos de los versos más famosos del género: <<No es fadista quien quiere sino quien nació fadista>> que puede leerse en una pared del Museo del Fado de Lisboa.

Museo del fado

Meu velho Fado Corrido,
se foste dos mais bairristas,
porque te mostras esquecido
na garganta dos fadistas?

Explicou-me um velho amigo
como o Fado era tratado.
Tinha graça, o Fado antigo,
da forma que era cantado.

Um ramo de loiro à porta indicava uma taberna.
À noite era uma lanterna,
com sua luz quase morta.

Como o fado tudo “importa”
foi sempre a taberna abrigo
do meliante ao mendigo,
da desgraça e da miséria.
Também tinha gente séria,
explicou-me um velho amigo.

Sob os cascos da “vinhaça”,
deitada em forma bizarra,
estava sempre uma guitarra
para servir de “negaça”.

O canjirão da “murraça”,
de tosco barro vidrado,
andava sempre colado
aos copos p’lo balcão.
E era assim nesta função
como o Fado era tratado.

Se aparecia um tocador,
às vezes até “zaranza”,
pedia ao tasqueiro a banza
para mostrar seu valor.

Logo havia um cantador,
dando o tom de certo perigo,
provocava o inimigo
num cantar à desgarrada.
Até às vezes com “lambada”, tinha graça, o Fado antigo.

Pouco tempo decorrido,
cheia a taberna se via
p’ra escutar a cantoria
ao som do Fado Corrido.

Todos prestavam sentido
quando alguém cantava o Fado.
O tocar era arrastado,
o estilo dava a garganta.
E hoje pouca gente o canta
da forma que era cantado.

Escutei com atenção
um cantador do passado
e a sua linda canção
prendeu-me p’ra sempre ao Fado.

Por muito que se disser,
o Fado é canção bairrista.
Não é fadista quem quer
mas sim quem nasceu fadista.”

Uso de cookies

Este sitio web utiliza cookies para que usted tenga la mejor experiencia de usuario. Si continúa navegando está dando su consentimiento para la aceptación de las mencionadas cookies y la aceptación de nuestra política de cookies, pinche el enlace para mayor información.plugin cookies

ACEPTAR
Aviso de cookies